Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven tem o potencial para ser tanto o melhor jogo, como também a melhor porta de entrada para a franquia SaGa. O Games Rules recebeu uma chave antecipada da Square Enix, muito obrigado Square, para jogarmos duas horas do RPG e dividir nossas opiniões. Essa gameplay foi inspirada na demo de Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven.

E por que eu falei que Romancing SaGa 2 tem potencial de ser o melhor jogo da franquia, sendo que só joguei 2 horas dele? Simples, porque eu tenho uma condição chamada FOMO do remake. Sempre que um grande remake de RPG é anunciado, eu fico tentado e noiado em jogar primeiro o jogo clássico, antes de me aventurar pelo remake e foi isso que eu fiz. Assim que Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven foi anunciado, eu joguei tanto o primeiro Romancing SaGa, com tradução de fã, como o remaster do segundo disponível para PlayStation 4. Por isso, posso dizer que o remake parece estar extremamente fiel, pelo menos em questão de temática, história e alguns trechos da jogabilidade.

Visual Reformulado

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Primeiro, comentarei sobre o visual do jogo, e como foi a transformação da sua nostalgia e familiaridade 2D para seu resplendor 3D. O remake de Romancing SaGa 2 foi desenvolvido pela Square em parceria com Xeen, a mesma desenvolvedora que trabalhou em Trials of Mana, então há muita similaridade gráfica entre os dois RPGs. Porém, Romancing SaGa 2 tem um gráfico melhor, mais apurado, menos truncado do que Trials. As ações dos personagens parecem mais naturais. Em geral, o visual do jogo está bem agradável e refinado, tanto dos personagens, como dos cenários, das cutscenes e dos efeitos na batalha.

Batalha por Turnos Modernizada

Ao começar o jogo, escolhemos um protagonista masculino ou feminino e depois seu nome. Depois, somos introduzidos ao rei Leon e ao príncipe Gerard. Sem demoras o RPG já nos colocou pra ir numa masmorra cuja missão era matar todos os monstros que a infestavam e selar a caverna, o que foi uma ótima deixa para aprendermos sobre o combate de Romancing SaGa 2. A batalha foi reformulada e agora apresenta um sistema de turnos praticamente idêntico ao de Octopath Traveler. Uma linha do tempo acima denuncia a ordem dos combatentes e, após selecionar uma ação, eles agem no ato. Simples e direto. A segunda linha do tempo, uma menor ao lado da principal, mostra a ordem dos combatentes na próxima rodada, o que dá uma margem maior de planejamento e ajuda a decidir se devemos curar um aliado no turno atual, ou descer porrada no inimigo.

Outra adição no remake foi um sistema de fraquezas dos oponentes. Abaixo de cada inimigo há alguns marcadores inicialmente velados. Após atacarmos o inimigo com uma arma ou elemento que ele é fraco, o marcador se torna visível e saberemos eternamente qual a vulnerabilidade do nosso oponente. Atacar a fraqueza aumenta o dano causado e também enche a barra de Overdrive. Ao encher a barra, é possível usar um Ataque Unido, onde dois membros agem em conjunto e causam um dano avassalador.

O sistema de batalha de Romancing SaGa 2 é uma delícia para fãs de RPGs de turno. As duas linhas do tempo ajudam a esquematizar as ações e planejar adiante, sem depender tanto assim da sorte ou rezar para que o inimigo não ataque um aliado moribundo. O esquema de fraqueza incentiva a usar armas e magias diferentes, promovendo uma evolução mais variada de cada personagem e também uma customização mais estratégica. Gostamos demais do sistema, ornou bastante com o remake. Ele modernizou o turno do clássico, mas sem perder a familiaridade dos jogos SaGa.

Progressão por Proficiência de Arma e Magias

Outra mecânica consagrada da franquia é o sistema de progressão. Romancing SaGa 2 não tem níveis e os personagens não evoluem atributos. Ao invés disso, os únicos ganhos são de HP, BP e nível de arma e magia. O jogo tem experiência, que se chamam Technical Points. Quanto mais um personagem usa uma arma ou magia, maior o nível e mais forte o ataque. Aumentar o nível de uma arma também permite que um determinado personagem aprenda mais habilidades em meio a batalha, com a mecânica do glimmer. O glimmer é um sistema de SaGa que ensina novas técnicas no calor do combate. Uma lâmpada aparece na cabeça do aliado e ele testa imediatamente seu novo ataque no inimigo.

O remake de Romancing SaGa 2 otimizou o glimmer. Agora, caso um personagem tenha a possibilidade de aprender uma nova técnica, uma lâmpada aparece ao lado do ataque correspondente. Não quer dizer que ele vai aprender, mas que existe a chance. É outro sistema modernizado que nos motivava a usar ataques mais fracos ao invés dos mais fortes, na esperança de aprendermos um novo golpe. São mecânicas práticas em um RPG de turno, mas que juntas conseguem criar um sistema bem coerente e diferente de outros RPGs mais tradicionais.

A exploração de masmorras também foi aprimorada. Podemos ver inimigos no mapa, como todo SaGa, e atingi-los pela costas dá uma vantagem ao início da batalha. E agora nosso personagem pode pular! Uma inovação em qualquer RPG. O pulo permite exploração vertical e teve até um trecho que o jogo arriscou umas plataformas ali, entregando um baú ao fundo. Romancing SaGa 2 tem uns coletáveis que brilham no mapa que parecem ser material de crafting, mas não sei dizer porque não foi disponibilizado na demo e não tinha no jogo original. A demo só tinha três locais exploráveis, além do castelo, mas deu pra ter uma noção de como seria o restante do jogo.

E tanto a exploração como o combate são bem dinâmicos e ligeiros. Acho que não tem como acelerar a velocidade no combate, mas nem precisa. Dá pra resolver cada confronto de forma rápida, já voltar ao mapa, enfrentar outros inimigos e por aí vai. Deu pra testar brevemente o sistema de equipamentos, que é algo padrão de RPGs. Cada personagem pode equipar duas armas e embora o jogo não fale descaradamente, cada classe tem uma especialidade com uma arma específica, cabe ao jogador identificar quais armas são melhores em determinados personagens de acordo com seus atributos nativos, como força ou destreza.

Gerações de Histórias

Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven começa com um bardo recontando a história do rei Leon instruindo seu filho, o príncipe Gerard, nas noções básicas do combate. A primeira missão é selar uma caverna amaldiçoada. Depois retornamos ao castelo, exploramos a cidade, e recebemos a segunda missão para continuar treinando Gerard. SaGa tem um mapa gigantesco, mas não exploramos um mundo aberto. Ao invés disso, escolhemos as áreas a partir de um menu com viagem rápida. A segunda missão me levou para outra caverna onde novamente matei todos os monstros. Ao retornar ao castelo, ele foi atacado por Kzinssie, um dos sete heróis. Na ofensiva, Kzinssie matou Victor, o primogênito do rei Leon e irmão de Gerard. Os dois resolvem se vingar da morte de Victor e vão até a mansão de Kzinssie, em Somon.

A demo se encerra logo após completar a cidade de Somon, que é quando a gameplay mais única de Romancing SaGa 2 se revela, ou melhor, se revelaria, caso o jogo continuasse. Posso dizer com firmeza que toda a narrativa de Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven é idêntica ao jogo clássico, de cabo a rabo. Os textos mudaram e alguns personagens tiveram mais destaque para aprimorar a dramatização e enaltecer as cutscenes, mas em geral, é um reflexo do clássico.

No entanto, falar que SaGa tem uma narrativa padrão seria um equívoco. Após esse momento na qual a demo se encerra, o mundo do jogo meio que se abre e a não-linearidade pelo qual a franquia é conhecida toma as rédeas. Ainda ouso dizer que Romancing SaGa 2 é um dos jogos que mais tem uma narrativa direcionada, porque há um objetivo do começo ao fim. Mas o jogador decide quando vai fazer as missões principais ou quando vai perambular por aí e, muitas vezes, ele acaba encontrando oportunamente com um objetivo da história sem querer. Isso é SaGa, gente, esse emaranhado de eventos, muitas vezes não conectados entre si, mas que ainda conseguem contar uma história isolada. Agora, cabe a você jogar e decidir se essas histórias serão boas ou não.

Enfim, essa foi uma breve prévia de Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven. Confesso que me empolguei muito para o jogo completo e mal posso esperar a hora de governar novamente o reino de Avalon.


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2 respostas para “Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven Preview”.

  1. Saiu bonito, Square Enix tem que fazer o do Unlimited para o Ryu.

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