O criador da série Dragon Quest, Yuji Horii, participou de um diálogo sobre RPGs com Katsura Hashino, diretor e produtor do próximo jogo da Atlus, Metaphor: ReFantazio. Em um trecho publicado recentemente pela Denfaminicogamer, Horii fala sobre os fundamentos da narrativa de Dragon Quest e menciona um desafio pequeno, mas inesperado, que a franquia está enfrentando agora que os gráficos de videogame evoluíram para serem mais realistas – e isso tem a ver com a forma como o protagonista é retratado.

Yuji Horii, que originalmente almejava ser um artista de mangá, voltou-se para os videogames devido ao seu amor por contar histórias e à fascinação pela interatividade oferecida pelos computadores. A partir de sua ideia de contar uma história que progride por meio de interações com chefes, Horii acabou criando Dragon Quest.

Dragon Quest consiste basicamente no diálogo com os habitantes da cidade, com muito pouco em termos de narração. A história é criada dentro do diálogo. É isso que é divertido”, pondera o criador.

Outro fundamento de Dragon Quest é seu protagonista silencioso ou, como Horii o descreve, “o protagonista simbólico”. A ideia por trás disso era permitir que os jogadores se tornassem o personagem principal silencioso – eles podiam imaginar as reações do personagem livremente, permitindo que projetassem facilmente suas próprias emoções no protagonista. No entanto, essa abordagem foi parcialmente facilitada pelos gráficos da época, como Horii comenta em tom de brincadeira: “à medida que os gráficos dos jogos evoluem e se tornam cada vez mais realistas, se você criar um protagonista que fica parado, ele parecerá um idiota”.

Por outro lado, não há uma solução fácil para a situação, pois Horii observa que o fato de o protagonista reagir explicitamente aos eventos pode dificultar o relacionamento e a conexão dos jogadores com ele, prejudicando a imersão. “É por isso que o tipo de protagonista apresentado em Dragon Quest se torna cada vez mais difícil de representar à medida que os jogos se tornam mais realistas. Isso também será um desafio no futuro”, conclui o criador.

Fonte: Automaton-Media


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3 respostas para “Yuji Horii, criador de Dragon Quest, comenta sobre protagonistas silenciosos”.

  1. Avatar de Greg Firebrand

    Discordo dele, em vez de sentir o protagonista, fico com pena dele ter a intensidade de certas interações diminuídas, embora não afete tanto a personalidade.

    Curtido por 2 pessoas

    1. Essa notícia me deu ideia pra um novo vídeo no Games Rules!

      Curtido por 2 pessoas

  2. Avatar de Rodrigo Valente
    Rodrigo Valente

    Acho esse tema meio controverso, dificilmente me sinto um personagem dentro da história em RPGs com protagonistas silenciosos, pq na real nunca sou eu que estou interagindo com o mundo quando só tenho um set de escolhas pré definidas.

    A única excessão sendo jogos principais de Pokémon, mas esses não sei explicar direito o porque.

    Curtido por 1 pessoa

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